Em 1944 os presentes no Madison Square Garden ficaram cativados com o jovem Wataru Misaka de 1,74 m, jogando pela Universidade de Utah em uma derrota para Kentucky pelo NIT Tournament.
Três anos depois ele retornaria ao Garden e desta
vez venceria Kentucky conquistando o título do NIT. A torcida no Garden vaiou
quando Misaka não foi escolhido MVP e em seguida começou a fazer coros pelo
jogador, o que chamou a atenção de Ned Irish.
Irish tinha o hábito de forçar seus
assistentes Fred Podesta e John Goldner de selecionarem jogadores que tiveram
grandes jogos no Garden para fazerem parte dos Knicks, um hábito que nem sempre ajudava o time.
Ele queria Misaka e no primeiro draft da BAA de 1947 os Knicks selecionaram Wat na primeira de 10 escolhas.
Ele queria Misaka e no primeiro draft da BAA de 1947 os Knicks selecionaram Wat na primeira de 10 escolhas.
Descendente de japoneses, Misaka foi o primeiro
jogador de origem asiática e que não era branco a fazer parte de um time da
NBA.
Misaka com o treinador Joe Lapchick à esquerda e o pivô Lee Knorek à direito em outubro de 1947 |
Ele participou dos treinamentos de pré-temporada e
assinou um contrato de US$ 4.000,00 totalmente garantido, algo raro na época.
Misaka foi bem recebido pela maior parte dos
colegas de time, incluindo Carl Braun, o melhor jogador do Knicks na época. Mas
em 1947 a intolerância racial era forte nos Estados Unidos, especialmente
alguns anos após a Segunda Guerra Mundial e o jogador era hostilizado nos jogos
fora de casa.
Wat jogou em apenas três jogos no começo da
temporada 1947-48, marcando apenas sete pontos e sem nenhuma explicação ele foi
cortado do time após a primeira excursão fora de casa.
Ele não guarda mágoas e décadas mais tarde relembra
com carinho sua breve passagem em Nova York: “Sofri menos preconceito em Nova
York do que em qualquer outro lugar”.
Em 2009 Wat voltou a Nova York pela primeira vez desde que foi cortado e no Madison Square Garden e foi homenageado pela sua curta – e histórica – passagem pelos Knicks.
Informações obtidas dos livros: “New York Knicks: The Complete Illustrated History” e “100 Things Knicks Fans Should Know & Do Before They Die”, ambos de Alan Hahn.
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