Depois de uma ótima temporada regular em 1984, que
inclui dois jogos seguidos com Bernard
King marcando 50 pontos no Texas, os Knicks terminaram com 47 vitórias e 35
derrotas, terceiro lugar na divisão do Atlântico, atrás de Boston e
Philadelphia.
Bernard King terminou a temporada com uma média de
26,3 pontos por jogo e na primeira rodada os adversários eram Isiah Thomas e o Detroit Pistons.
No final da temporada, King deslocou dois dedos, um
em cada mão. Toda vez que ele pegava a bola, sentia dor. Toda vez que ele
arremessava, sentia dor. Toda vez que ele enterrava, sentia dor. O armador Rory
Sparrow conta que ele nem cumprimentava os seus colegas de time por causa da
dor.
No primeiro jogo em Detroit, King teve 36 pontos e
os Knicks roubaram uma vitória por um ponto, 94 a 93. Além de King, os
destaques dos Knicks foram os armadores Darrel Walker e Sparrow na defesa.
Além das dores nos dedos, King teve que lidar com
dores no joelho direito e câimbras musculares, mesmo assim ele terminou com 46
pontos, chegando a marcar 23 pontos de consecutivos, quebrando o recorde
anterior de Wilt Chamberlain e Walt Hazzard, apesar disso, Detroit empatou a
série na segunda partida, 113 a 105.
A série mudou para Nova York e King teve mais um
grande jogo com 46 pontos, 10 rebotes e quatro assistências. Pelo time
visitante Kelly Tripuca terminou com 40 pontos. Os Knicks tinham a chance de
fechar a série em frente da torcida, mas os 41 pontos de King não foram suficientes
para impedir a derrota do Knicks por 119 a 112.
Agora a série retornava a Detroit para o decisivo
jogo 5.
Mas tinha um problema. O Silverdome, onde os
Pistons realizavam seus jogos na época, estava ocupado naquela noite de 27 de
abril para uma corrida de MotoCross, fazia sete anos que os Pistons não iam
para os playoffs, ninguém imaginava que o time iria tão longe.
A solução foi jogar a quinta partida na Joe Louis
Arena, casa do time de hóquei Detroit Red Wings. Assim como os Pistons, não se
imaginava que os Red Wings iriam para os playoffs, logo o gelo não havia sido
removido.
O local estava muito quente e para ajudar, Bernard
King estava com 39 graus de febre naquela noite de sexta. Hubie Brown lembra
que King recebia intravenosas antes da partida.
Depois de passar a maior parte do primeiro tempo
atrás no placar, os Knicks voltam melhor do intervalo e passam a frente no
terceiro quarto, mesmo com King tendo que ficar no banco por causa de faltas.
No último quarto os Knicks seguiam controlando a partida,
chegando a abrir uma vantagem de oito pontos a dois minutos para o fim.
Depois de King marcar, Thomas respondeu e o placar
era 106 a 100 para os Knicks. Detroit marca pressão e Hubie Brown pede tempo. O
armador Ray Williams marca em um difícil arremesso e os Knicks voltam a ter
oito pontos na frente.
Isiah Thomas parte rápido para o ataque e marca
dois pontos do perímetro, além de sofre a falta de Sparrow. Agora a diferença é
de cinco pontos, e Isiah Thomas consegue a roubada e Sparrow, na tentativa de
recuperar a posse, comete falta no armador dos Pistons e ele vai para os lances
livres já que o Knicks ultrapassou o limite de faltas do período.
A bola vai para Bernard que erra o arremesso, mas
sofre falta. Ele converte os dois lances livres e o placar é 110 a 105 para New
York. A menos de um minuto, Thomas sofre mais uma falta de Sparrow, a sexta
dele na partida e converte um dos dois lances livres.
Os Knicks partem rápido para o ataque e com uma
enterrada de King a vantagem é de seis pontos. Isiah responde na sequência com
uma bandeja e a falta. Na sáida de bola, Lois Orr pisa fora da quadra e a posse
retorna para Detroit. O barulho da torcida na arena é ensurdecedor.
Isiah diminui a diferença para um ponto. Os Knicks
pedem tempo a pouco mais de meio minuto para o fim. Bernard King acerta mais
uma para dar a vantagem de três pontos para os Knicks, 114 a 111 com 26
segundos restantes.
Detroit pede tempo e Isiah Thomas converte de três
pontos para empatar a partida a 23 segundos. São 16 pontos do armador dos
Pistons nos últimos dois minutos da partida.
Darrel Walker erra na reposição e a posse volta
para Detroit. Isiah Thomas está com a bola e a chance de fechar a série para
Detroit, o tempo vai passando, ele parte
para a infiltração, mas é desarmado por Walker, a bola vai para Trent Tucker
que sai no contra-ataque, mas ele é desarmado, Hubie Brown quer uma falta em
Tucker, mas a arbitragem diz que a ela aconteceu após o cronômetro zerar e
vamos para a prorrogação.
Na prorrogação, Thomas não mantém o mesmo ritmo do
quarto período, New York marcou nove pontos seguidos e os Pistons ficaram mais
de três minutos sem pontuar.
Placar final: Knicks 127, Pistons 123.
Bernard King terminou com 44 pontos e com um grande
sorriso ele comemora com os seus companheiros e passa o resto da noite e o dia
seguinte na cama. Bernard King terminou a série com uma média de 42,6 pontos
por partida
Hubie Brown considera o feito de King no quinto
jogo um dos grandes momentos na história dos Knicks.
King não teria muito tempo para se recuperar, pois em dois dias iniciava uma nova batalha, desta vez o adversário era ninguém menos do que o rival Boston Celtics de Larry Bird.
Informações obtidas dos livros: “New York Knicks: The Complete Illustrated History”, “100 Things Knicks Fans Should Know & Do Before They Die”, ambos de Alan Hahn e “Garden Glory: An Oral History of the New York Knicks” de Dennis D'Agostino.
Caro Carlos, eu gostaria de de lhe parabenizar por este blog sensacional sobre o nosso glorioso Knicks.
ResponderExcluirConfessor que só quem conhece este fantástico time e este fantástico ginásio que é o Garden, é capaz de entender um pouco da dimensão desta franquia que se confunde com a própria história do basquete.
Confesso que eu nunca tive um time definitivo, simpativa com os Bulls na época do Jordan e com o Lakers na época do Kobe, mas quando fui assitir um jogo no Garden, foi devastador, jogo de play-off contra os Pacers (imagina!!!). E mesmo já tendo assistido a diversos jogos em outras arenas como Miami Heat, Washington Wizards, Boston Celtics, etc... Nada se compara ao Garden e ao Knicks, fazendo valer a frase que está na camisa atual, em português: Uma vez um Knick, sempre um Knick. Realmente é o time mais fantástico, com o ginásio mais charmoso, a torcida mais inflamada, o uniforme mais bonito. Nada se compara aos Knicks. Parabens pelo belo trabalho... Não deixe a peteca cair.
Grande abraço e obrigado.
Legal ouvir histórias como a sua, de quem já foi ao MSG, legal dizer uma coisa que ainda não senti pois uum dos meus sonhos e assistir a hm jogo do Knicks em Nova Iorque, eu sou fanático desde meados dos anos 80, nunca tive dúvidas deste amor pelo Knicks, Forte Abraço!
ExcluirPuxa, que legal! Muita inveja de ti agora haha.
ExcluirMas um dia eu realizo esse sonho de ir no Garden.
As postagens vão voltando aos poucos, a'braço.
Que bom Carlos mais uma vez que voltaram os posts sobre nosso glorioso New York Knicks, puxa que legal este post, parece que as coisas são xsempre mais dificeis pra nós né? espero que a partir da próxima temporada as coisas comecem a mudar estou empolgado com a contrtação do P-Jax para presidente da franquia, acho que as coisas em Nova Iorque começam a mudar, acho que para próxima temporada ainda não mas para 2015 teremos um grande time para buscar o tão sonhado título.
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