Neste domingo acontece mais uma cerimônia do Hall
da Fama, depois de muita espera finalmente Bernard
King foi eleito, mas este post não será sobre o ala que detém o recorde de
maior pontuação em um jogo pela franquia (mas se você quiser ler sobre ele
recomendo o post do
Hit The Glass).
O post é sobre outros dois antigos membros que
fazem parte da história da franquia que também foram eleitos para o Hall: Richie Guerin que jogou pelo time nos
final dos anos 50, início dos 60 e Rick
Pitino que é mais conhecido por sua carreira no basquete universitário, porém teve uma breve, mas bem sucedida, passagem pelo Knicks no final dos anos 80.
Richie Guerin
O trecho a seguir foi traduzido do livro “100
Things Knicks Fans Should Know & Do Before They Die” (100 Coisas que
Torcedores do Knicks Devem Saber e Fazer Antes de Morrer) do jornalista Alan
Hahn (compre aqui,
apenas em inglês):
Guerin não
era apenas uma grande Knick, mas ele era um dos maiores pontuadores da sua
época. Quando armador de 1,95 m se juntou ao Knicks a carreira de Dick McGuire
havia acabado e Carl Braun se tornou um jogador/treinador. Na sua terceira
temporada, Guerin se estabeleceu como a nova estrela da franquia.
Guerin era
uma máquina de pontuar no final dos anos 50 e inicio dos 60 e foi um dos
primeiros jogadores da NBA a ultrapassar a marca de 50 pontos. Guerin conseguiu
três vezes, incluindo a melhor marca de carreira, 57 pontos em um massacre contra
o Syracuse Nationals, 152 a 121 no dia 11 de dezembro de 1959. A performance
superou o recorde anterior da franquia de Braun por 10 pontos e se tonou como a
maior marca da franquia até que Bernard King marcou 60 pontos no Natal de 1984.
Guerin
atingiria a marca de 50 pontos mais duas vezes em sua carreira pelo Knicks e na
temporada 1961-62 sua média era de quase 30 pontos por jogo (29,5) em 24,3
arremessos por jogo. Mas Guerin não era somente pontos, ele também distribuía a
bola com a melhor média da carreira de 6,9 assistências por jogo naquela
temporada.
O problema
era que, apesar das qualidade individuais de Guerin (ele foi eleito para o time do
All-Star por seis temporadas seguidas), o Knicks nunca foi um bom time em uma
era dominada pelos super pivôs como Bill
Russell e Wilt Chamberlain. Apesar de terem um pontuador dominante em Guerin, o
Knicks nunca encontrou um pivô que
deixaria o time competitivo.
Apenas uma
vez o Knicks teve uma temporada com mais vitórias que derrotas nos anos que
Guerin foi para o All-Star game (1958-59), sua única aparição nos playoffs. A
maior afronta houve na noite de 2 de março de 1962 contra o Philadelphia
Warriors num jogo em Hershey, Pennsylvania. Guerin liderou o Knicks com 39
pontos, mas o Warriors tinha um jogador chamado Chamberlain que mais do que
triplicou o esforço de Guerin naquela noite.
Guerin foi
trocado para o St. Louis Hawks na temporada 1963-64 e jogou mais sete
temporadas, incluindo seis como jogador/treinador (em 1967-68 foi eleito
treinador do ano). Ele teve oito aparições nos playoffs como treinador.
Abaixo, alguns momentos da carreira de Guerin:
No vídeo abaixo Guerin é uma dos homenageados da
primeira edição do “Legends Night” em 2009:
Rick Pitino
O trecho a seguir foi traduzido do livro "New York
Knicks: The Complete Illustrated History" também de autoria do Alan Hahn (compre
aqui,
também apenas em inglês).
Depois de uma passagem satisfatória como treinador
da Universidade de Boston, Pitino se ujntou ao Knicks pela primeira vez como treinador
assistente na equipe de Hubie brown em 1983 e ficou duas temporadas com o time
antes de retornar ao basquete universitário para treinar Providence.
Depois de liderar os Friars para o Final Four da
NCAA em 1987, Pitino chamou a atenção de executivos do Madison Square Garden
que procuravam um novo treinador para o time. Inicialmente ele resistiu e
assinou uma extensão de cinco anos para ficar em Providence. Mas naquele verão,
depois que Al Bianchi foi contratado como o novo GM do Knicks, o Knicks mais
uma vez entrou em contato com Pitino. Fizeram uma oferta que ele não podia
recusar. O nativo de Nova York, criado no Queens e antiga estrela do High
School em Long Island, se tornou o novo treinador do New York Knicks.
Com um jovem e talentoso pivô em Patrick Ewing e um
brilhante armador novato na NBA em Mark Jackson, Pitino empregou o mesmo
sistema de jogo que foi bem sucedido em Providence que resultou no retorno do
Knicks aos playoffs em 1988. Na temporada seguinte, com um Ewing dominante no
post cercado por um elenco de arremessadores de três pontos conhecido como “The
Bomb Squad”, o Knicks de Pitino venceu 52 jogos e avançou para a segunda rodada
dos playoffs.
O sucesso do time e o sistema de Pitino iniciaram
uma mudança de como o arremesso de três pontos era visto em ataques
tradicionais no basquete profissional.
Apesar do Knicks ser um time empolgante com um
estilo rápido, Pitino estava querendo sair do basquete profissional e da
intensidade que vem junto com o cargo de treinador em Nova York. Também havia
tensão com Bianchi sobre algumas decisões. Bianchi deu permissão a Pitino para
iniciar negociações com a Universidade de Kentucky poucos dias após o Knicks
ser eliminado dos playoffs.
Pouco tempo depois Pitino foi para Kentucky.
Para substituir Pitino, Bianchi escolheu o
treinador assistente Stu Jackso, que nunca foi um treinador principal em nenhum
nível, mas trabalhou com Pitino desde os tempos de Providence. Ele conhecia o
sistema.
Ele também conhecia um treinador assistente de
Providence que desde então estava em Rutgers, Jackson o contratou para fazer
parte da equipe técnica. Seu nome era Jeff Van Gundy.
No vídeo abaixo um dos momentos mais marcantes da
era Pitino no Knicks, a eliminação do 76ers de Barkley em 1989:
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