domingo, 22 de setembro de 2013

Recordar é Viver (Parte Final): A Incrível Jornada Rumo às Finais da NBA

Finalmente o último post sobre os meus primeiros anos com o Knicks, se você não leu as outras partes: Parte 1 (Playoffs de 1997), Parte 2 (Temporada 1997-98), Parte 3 (Playoffs de 1998) e Parte 4 (Temporada 1999).

Vamos à última parte, ficou gigante, mas vale a pena a leitura.


Depois de mais uma temporada com dificuldades o Knicks se classifica para os Playoffs de 1999 na última semana da temporada regular e após uma bizarra partida final contra Miami fica com a última vaga da Conferência Leste.

Pelo terceiro ano seguido o Knicks viaja a South Beach para enfrentar o Miami de Pat Riley em uma série de playoff.

A Rivalidade Atinge o Clímax em South Beach


A primeira partida dos Playoffs de 1999 é entre New York e Miami. Sem transmissão para o Brasil, ao final da tarde sábado descubro que o Knicks venceu a partida por 20 pontos diferença! Allan Houston e Latrell Sprewell foram os cestinhas com 22 pontos cada, Larry Johnson teve 15 pontos, Marcus Camby 11 e Ewing terminou a tarde com nove pontos e 15 rebotes.

Parece que a confiança que surgiu nas duas últimas vitórias na temporada regular contra Miami ajudou o time a obter a surpreendente vitória.

No segundo jogo o time de Pat Riley se recupera e com Alonzo Mourning marcando 27 pontos, oito rebotes e quatro bloqueios, Miami vence por 83 a 73.

Pelo terceiro ano seguindo vamos para Nova York com a série empatada. O jogo tem a transmissão da TNT para o Brasil, o Madison Square Garden está elétrico e desta vez ao contrário do ano anterior o Knicks não decepciona.

Depois de um primeiro quarto equilibrado, no segundo o Knicks arrasa e abre vantagem. No segundo tempo a diferença chegou a 30 pontos, foram 32 pontos do New York contra apenas dois do Miami entre a segunda metade do segundo quarto e primeira metade do terceiro.

Ao final uma convincente vitória por 24 pontos de diferença e a chance de fazer história no Madison Square Garden e eliminar o primeiro colocado da Conferência.

Desta vez o jogo passou na ESPN, partida equilibrada, mas no último quarto a defesa de Miami não deixa o Knicks marcar pontos e estraga a festa no Madison Square Garden com uma vitória por 15 pontos de diferença.

Mais uma vez a série seria decidida na Miami Arena.

Infelizmente o jogo não foi transmitido para o Brasil, a ESPN preferiu passar o segundo jogo da rodada, Kings vs Jazz, também jogo 5. Imaginem a ansiedade sem ter alguma maneira de saber do andamento da partida.

Quando começa a transmissão para Sacramento vs Utah na ESPN eu fico chocado quando o Ivan Zimmerman fala: “O Knicks acaba de eliminar o Miami Heat!”

Graças à internet, anos depois pude ver a partida na íntegra, mesmo sabendo o derradeiro final, a empolgação sempre que revejo é a mesma que se tivesse assistido ao vivo naquela tarde de 16 de maio de 1999.

Ewing estava com dores no calcanhar de aquiles e iria no sacrifício, assim como Chris Chils estava com uma séria lesão na coxa, ele declarou estar 80 por cento, mas disse que ia jogar, ambos não iriam deixar os seus companheiros na mão quando mais precisavam deles.

80 por cento, OITENTA... E jogou.

Vamos ao jogo: Miami abre vantagem no começo, 11 pontos de diferença, mas em seguida o Knicks empata a partida no final do último quarto. No segundo quarto é o típico quarto de Knicks vs Heat, no final do segundo quarto, Tim Hardaway acerta uma cesta de três pontos no estouro do relógio para o delírio da torcida e Miami sai para o intervalo com quatro pontos de vantagem.

Allan Houston no primeiro tempo: 1-7 arremessos.

No terceiro quarto os dois times seguem numa batalha com muito equilíbrio, mesmo acertando 4-7 arremessos no período, Patrick Ewing sente muitas dores, ele sinaliza para Van Gundy que precisa ir para o banco.

Após uma cesta de três pontos de Mashburn, o Miami abre uma vantagem de 56 a 49, o Knicks pede tempo e Ewing sai com a mão na cintura para o banco, ele tenta retornar ao jogo, mas em seguida Van Gundy o substitui por Camby. Com Ewing no banco, o Knicks faz uma sequência de 11-4 para empatar o jogo no final do terceiro quarto: 60 a 60.

E veio o último quarto.

12 minutos para o fim da temporada para um dos dois times, o emprego de Van Gundy estava ameaçado, circulavam notícias que Dave Checketts, presidente do time na época, havia entrado em contato com Phil Jackson, o que levou Patrick Ewing a declarar que nunca jogaria sob o comando de Jackson.

Ao contrário dos quatro primeiros jogos, o último quarto foi uma verdadeira batalha, Miami chegou a abrir vantagem, mas o Knicks reagia diminuindo a diferença e com menos de quatro minutos para o fim Chris Childs (80%) acerta uma cesta de três pontos e o Knicks passa a frente pela primeira vez desde o final do segundo quarto.

A partir daí os dois times alternam a liderança no placar, chegamos à marca de um minuto, e após Terry Porter converter dois lances livres, Miami tem três pontos de vantagem, 77 a 74.

Knicks pede tempo e no ataque, Sprewell erra o arremesso, mas Ewing fica com o rebote (11º na partida, lembrem do Aquiles!) e sofre falta. O pivô converte o dois lances livres a 39,7 segundos.

Knicks perdendo por um ponto, bola de Miami.

Terry Porter conduz a bola para a quadra de ataque, ele é marcado por Sprewell, ele passa para Hardaway e Sprewell sai da marcação de Porter e consegue dar um tapa na bola que volta para o Knicks a menos de 30 segundos para o final!

Spree cruza a quadra e o time pede tempo a 19,9 segundos do fim.

A Miami Arena está em silêncio, quem será que fará o último arremesso? Ewing? Sprewell? Houston? Quem leu o texto anterior sabe dos problemas que o time tinha em jogos com placares apertados.

A tensão era grande na Miami Arena, Charlie Ward passa para Sprewell, marcado por Porter, ele passa para Ewing que retorna para ele a bola, o ataque parece um pouco atrapalhado, Porter desvia a bola para fora, a bola é do Knicks a 4,5 segundos para o fim.

Charlie Ward repõe a bola em quadra e então aconteceu...

A jogada era uma triângulo, Ewing se virou, Houston passou por ele e pegou a bola perto da linha de três pontos com um dos melhores defensores do heat, Dan Majerle, na sua cola.

Houston driblou para a sua direita entre Majerle e Hardaway, ele se elevou para arremessar, se inclina, Majerle tenta bloqueá-lo, o arremesso foi curto, mas como diria Marco Túlio Reis da TNT com a ajuda do “aro amigo” ela bateu na tabela e gentilmente entrou na cesta a oito décimos para o final da partida.


A jogada até hoje é conhecida pelos torcedores como “o arremesso” (the shot).

A torcida e jogadores do Heat estão em choque enquanto torcedores do Knicks presentes na Miami Arena gritam enlouquecidos.

Enquanto isso Houston corre pela quadra da Miami Arena em uma cena que fica até hoje na memória dos torcedores com um soco no ar, parecia que finalmente Allan entrou no espírito do Knicks dos anos 90. O legado deixado por Charles Oakley, Anthony Mason e John Starks permanecia vivo.

Miami ainda tem uma chance de vencer, mas Porter não converte o arremesso de três pontos. No final Ewing e Childs, ambos no sacrifício celebram a vitória com os companheiros de time.



Pela primeira vez no Leste um oitavo colocado elimina o primeiro, antes de 1999, somente o Denver Nuggets de Mutombo havia conseguido tal façanha contra Seattle em 1994.

A Torcida Manda um Recado para os Executivos do time

O adversário na segunda rodada é o Atlanta Hawks de Mutombo que havia eliminado Detroit em cinco jogos.

Comparada com a série contra Miami, a série foi um treino de luxo para o Knicks que venceu tranquilamente as quatro partidas completando uma varrida do time da Geórgia.

Sem dúvida a jogada mais memorável da série foi a incrível enterrada de Camby em Mutombo (não consegui achar um vídeo com qualidade melhor).



Se na quadra tudo pareciam flores, nos escritórios do time as coisas não estavam muito bem. Apesar de avançar para a segunda rodada dos playoffs, a situação de Van Gundy ainda não era das mais confortáveis.

Depois de Checketts negar à imprensa que teria entrado em contato com Phil Jackson, vazaram nos tabloides informações que contradiziam as declarações do Presidente do time. O próprio Phil Jackson declarou que de fato Dave entrou em contato com ele e que ele estaria interessado no cargo.

Então, no jogo 4 no Garden, com a partida praticamente já decidida (lembro da TNT até divulgar que o jogo 1 contra Indiana seria no domingo à noite), começa a ecoar pelo Garden o coro:

Jeff Van Gun-dy!
(Palmas)
Jeff Van Gun-dy!
(Palmas)
Jeff Van Gun-dy!
(Palmas)

Naquela noite a torcida mandou uma mensagem clara para Dave Checketts e todos os executivos do Madison Square Garden, eles não querem Phil Jackson, Van Gundy é o cara!

A Consagração de Larry Johnson no Garden

Depois de quase ficar de fora dos playoffs pela primeira vez em uma década, o Knicks surpreendentemente está nas Finais de Conferência.

Pela primeira vez desde 1994, quando foi para a grande Final contra o Houston Rockets, o Knicks lutava pelo título de melhor time do Leste e, como foi há cinco anos, o adversário era o Indiana Pacers.

A equipe de Larry Bird teve mais uma excelente temporada, manteve o mesmo elenco que quase eliminou o Chicago Bulls de Jordan e Pippen no ano anterior e os jogadores treinaram juntos nos meses em que a NBA ficou parada.

Após varridas contra Milwaukee e Philadelphia, a confiança era grande em Indianapolis.

Noite de domingo, com transmissão da ESPN (nessa época a ESPN mostrava as duas Finais de Conferência e a grande Final, todos os dias, e não tinha Copa do Brasil pra atrapalhar) começam as Finais do Leste na Market Square Arena.

O Knicks tem um ótimo começo de partida abrindo nove pontos de vantagem, mas como era de se esperar Indiana diminui a diferença para quatro pontos no final do primeiro quarto.

A partida seguiu equilibrada no segundo quarto e no intervalo New York manteve a pequena vantagem de quatro pontos.

Com sete pontos de vantagem no começo do último quarto, o Knicks seguia firme na partida, mas a pouco menos de quatro minutos para o final Reggie Miller converte uma cesta de três pontos para dar uma vantagem de dois pontos para o Pacers.

Parecia que o filme do jogo 1 de 1998 iria se repetir, o Knicks não converte na posse seguinte e Indiana abre quatro pontos. Na posse seguinte Chris Childs converte de três pontos. Após Rik Smits abrir novamente a vantagem para Indiana, Houston perde a bola e Smits sofre falta de Ewing, ele converte os dois lances livres e Indiana lidera agora por cinco pontos, a maior diferença na partida.

A torcida está aplaudindo o time de pé a pouco menos de dois minutos e meio para o final do último quarto. Ewing diminui a diferença, na posse do Pacers, Mark Jackson parte para o post, Chris Childs executa uma ótima marcação e ele erra o arremesso.

Na posse do Knicks, Houston sofre falta de Smits (a sexta do pivô do Pacers na partida) e diminui para apenas um ponto a vantagem do Pacers a pouco mais de um minuto e meio para o final.

Indiana repete a jogada de Jackson no post, mais uma vez a marcação de Childs é eficiente e o Knicks tem a chance de retorna à liderança da partida.

Van Gundy chama a jogada para Ewing, se aproveitando da ausência de Smits e o pivô consegue cavar uma falta em Antonio Davis. Após converter os dois lances livres o Knicks está na frente por um ponto, 88 a 87, 51,3 segundos para acabar.

Todos sabiam para quem a bola iria no ataque de Indiana, mas Allan Houston, que nunca teve fama de bom defensor, exerceu um ótimo trabalho na marcação de Miller e com a ajuda de Ewing, Reggie teve de passar para Jackson, desta vez o ex-armador do Knicks conseguiu cavar uma falta em Childs a 30,6 segundos do fim.

Van Gundy está agachado próximo ao banco e eu estava quase morrendo com o final da partida.

Após converter o primeiro arremesso, Jackson erra o segundo e após uma briga pelo rebote a arbitragem dá uma falta contra Indiana, o placar está empatado e Ewing converte os dois lances livres, Knicks na frente por dois pontos.

Novamente a bola vai para Reggie Miller que desta vez, mesmo com marcação dupla, arremessa de três, mas erra, o rebote fica com Chris Childs e ele sofre a falta a 12,4 segundos do fim. Sprewell e o banco começam a comemorar a possibilidade de uma vitória. Childs converte os dois lances lvires e o Knicks tem quatro pontos de vantagem, 92 a 88.

O Knicks faz uma forte marcação na linha de três pontos e Antonio Davis faz uma enterrada, em seguida, Childs sofre outro falta, mas desta vez erra um dos lances livres, dando a Indiana uma chance de empatar a partida a 6,5 segundos.

Mas parecia que os deuses do basquetebol estavam do lado do Knicks naquela noite de domingo, após mais uma forte marcação na linha de três pontos, Mark Jackson erra o arremesso de três pontos e o Knicks rouba a primeira partida em Indiana.

Allan Houston teve 19 pontos, Ewing marcou 16 pontos e 10 rebotes, Sprewell teve 16 pontos do banco e Larry Johnson terminou com 15 pontos.

Reggie Miller foi o cestinha do Pacers com 19 pontos, Antonio Davis teve 17 pontos e sete rebotes, Rik Smits terminou com 12 pontos e seis rebotes. Mark Jackson terminu a partida com apenas seis pontos, 1-8 arremessos convertidos e 11 assistências.

Naquela noite me lembro de assistir o “This Week In The NBA” na CNN e a repórter do finado canal CNN SI mencionar que nos confrontos entre Knicks e Pacers o ganhador da primeira partida vencia a série.

Vamos ao segundo jogo e desta vez Indiana está com outra atitude como era de se esperar. Os ajustes da segunda partida. Uma partida com muitas faltas, a maioria favoráveis ao time da casa...

Depois de um excelente primeiro tempo do time da casa, a diferença chegou a 17 pontos, o Knicks voltou com tudo no segundo tempo e virou o placar, mas a defesa do Pacers estava melhor e voltou a abrir vantagem, com menos de dois minutos para o fim, a diferença era de quatro pontos, depois de Ewing converter um arremesso e Antonio Davis errar sua tentativa, Camby empata a partida a 1:23 para o fim.

No ataque de Indiana, Jalen Rose comete uma falta de ataque e Ewing coloca o Knicks a frente do placar novamente a 45 segundos do fim. Após uma falta duvidosa de Camby em Antonio Davis, a partida está novamente empatada com 31 segundos pra acabar.

Allan Houston tinha a chance de dar a liderança para o Knicks, mas ele perde a posse e Reggie Miller consegue cavar uma falta em Childs.

Com um aproveitamento superior a 90%, Miller converte os dois lances livres a dois segundos do fim, dando uma vantagem de dois pontos para Indiana.

Sem tempo para pedir, Chris Childs faz uma passe preciso para Patrick Ewing que tem a chance de empatar a partida, mas seu arremesso é curto e Indiana consegue empatar a série.

Larry Johnson teve 22 pontos, Houston e Sprewell marcaram 15 pontos cada, Ewing teve 10 pontos, 2-7 arremessos convertidos e pegou apenas três rebotes.

Mark Jackson se recuperou com 17 pontos, 5-6 arremessos convertidos e oito assistências. Smits teve apenas seis pontos e dois rebotes em 13 minutos em quadra, novamente foi eliminado da partida no último quarto após a sexta falta. Miller teve 16 pontos e Dale Davis teve 15.

Foram 68 faltas marcadas na partida (40 contra o Knicks) e 84 lances livres cobrados.

Mas o maior golpe veio após a partida, no dia seguinte no SportsCenter é anunciado que Patrick Ewing estava fora do restante dos playoffs...

Depois de várias partidas no sacrifício, o jogador rompeu parcialmente o tendão de Aquiles

Mais uma vez o Knicks não poderia contar com seu co-capitão.

A série muda para Nova York. O Garden está lotado como sempre com os fiéis torcedores apoiando o time.

Após um primeiro quarto de placar baixo, Larry Johnson converteu um arremesso de três pontos nos segundos finais para empatar, parece que no segundo quarto o Indiana começa a se aproveitar da ausência de Patrick Ewing.

Após duas péssimas partidas parecia que finalmente Rik Smits havia acordado, foram 15 pontos no primeiro tempo, apesar disso a vantagem de Indiana no intervalo era de apenas cinco pontos.

No terceiro quarto o Knicks voltou melhor e com Camby começando o segundo tempo no lugar de Chris Dudley, o Knicks passou a frente na partida. Ao final do terceiro quarto tudo igual, 69 a 69.

Vamos ao último quarto, uma partida digna da rivalidade entre os dois times, porém conforme os minutos iam passando, Indiana aos poucos ia se distanciando no placar e a cinco minutos do fim a diferença era de oito pontos.

A pouco menos de três minutos e meio para o fim o placar era 89 a 81 para Indiana, então começou a reação do Knicks.

Foram cinco pontos seguidos do Knicks para diminuir a diferença para três pontos a 1:33 do fim, na posse seguinte Reggie Miller errou o arremesso e após os dois times perderem suas posses respectivas, Camby sofre falta e converte os dois lances livres, em 1999 seu aproveitamento era de 55%.

A diferença era de apenas três pontos a 11,8 segundos do fim após dois lances livres convertidos pelo Pacers.

E então, depois do Knicks ter sido vítima de vários arremessos matadores de Reggie Miller no Garden aconteceu...



Quando a gente achou que a “cota de milagres” havia sido totalmente preenchida após o arremesso de Allan Houston contra Miami, eis que Larry Johnson converte o arremesso de três pontos e sofre a falta.

O Madison Square Garden literalmente explodiu com a jogada, sem dúvida um dos momentos mais inesquecíveis da história da franquia e eu posso dizer que eu vivi aquele momento. Eu havia gravado o jogo em VHS e de tanto rever a partida eu cheguei a rasgar a fita!

Larry Johnson terminou com 26 pontos e oito rebotes, uma das partidas mais memoráveis como um Knick.  Marcus Camby marcou 21 pontos e pegou 11 rebotes vindo do banco, Houston teve 15 pontos e Sprewell terminou com 14.

Smits teve seu melhor jogo na série com 25 pontos, 8-13 arremessos convertidos, Jackson teve 13 pontos e nove rebotes, Miller teve 12 pontos.

Após um momento histórico a série estava empatada e o Knicks seguia vivo nos playoffs mesmo sem Patrick Ewing!

Parecia que depois de um jogo tão incrível que tudo era possível para os Knickerbockers, mas no jogo 4 parece que o time havia tomado um choque de realidade. Após está perdendo por dois pontos no final do primeiro quarto, o Knicks marcou apenas 12 pontos no segundo quarto e perdia por 13 pontos no intervalo.

Van Gundy mudou o time titular, colocando Sprewell no lugar de Kurt Thomas, mas o Knicks não conseguiu voltar para o jogo. Com Jalen Rose liderando Indiana com 19 pontos vindo do banco, o Garden nem lembrava o barulho do final da partida anterior.

Ao final o Pacers vencia por 11 pontos de diferença, primeiro jogo da série que não foi decidido nos últimos 12 segundos.

Mullin teve seu melhor jogo com 18 pontos, Miller teve 12 e Dale Davis terminou com 10 pontos e 12 rebotes. Depois de uma ótima partida, Rik Smits terminou com quatro pontos em treze minutos.

Pelo Knicks, Camby contribuiu do banco com 18 pontos e 14 rebotes,Houston teve 14 pontos, Sprewell 12 e após a inesquecível partida, Larry Johson acertou apenas 5-15 arremessos, 1-7 de três pontos, 11 pontos no total.

Com a série empata, parecia que o Knicks não conseguiria repetir a façanha na Market Square Arena.

E parecia que Indiana iria mudar o rumo da série terminando o primeiro quarto com o dobro de pontos do Knicks, 28 a 14.

Mas o Knicks respondeu invertendo o placar no segundo quarto e no intervalo a partida estava empatada. No segundo quarto Miller, Jackson e Smits combinaram para 0-12 arremessos de quadra.

Sprewell manteve o Knicks na partida no terceiro quarto, mas no último quarto Indiana abriu seis pontos de vantagem.

Indiana não conseguiu manter o ritmo e o Knicks com 18 pontos de contra-ataque contra apenas dois do Pacers tomou o controle da partida e após duas cestas de três pontos de Johnson e uma cesta de Camby, o Knicks abria sete pontos de vantagem a pouco mais de dois minutos para o final.

Nos últimos minutos o time soube administrar a vantagem e saiu vitorioso da Market Square Arena.

Sprewell foi o cestinha com 29 pontos e cinco rebotes, Camby teve mais uma sólida partida com 21 pontos e 13 rebotes. Houston teve 19 pontos e Johnson 17.

Reggie Miller finalmente desencantou com 30 pontos, mas converteu 9-19 arremessos, Jackson teve 16 pontos, 6-14 arremessos convertidos, Mullin terminou com 13 pontos, Dale Davis teve 12 pontos e 18 rebotes. Smits seguiu o (péssimo) desempenho na série com oito pontos e seis rebotes.

A série retorna para Nova York e o Knicks tem a chance de fazer história no Madison Square Garden.

Sexta à noite todas as atenções se voltam para a “mecca”, expectativa gigante, quem diria que o time que mal se classificou para os playoffs, lidando com lesões e eventualmente sem um de seus maiores jogadores, estaria a uma vitória das Finais da NBA!

O jogo começou muito semelhante à terceira partida, com os dois times mal no ataque, o placar no final do primeiro quarto era 17 a 14 para Indiana.

No segundo quarto o Knicks abre quatro pontos de vantagem e para aumentar o drama no Garden, com pouco mais de seis minutos para o intervalo, Travis Best parte para uma infiltração e a cai em no joelho direito de Larry Johnson. O jogador fica no chão segurando o seu joelho e chorando de dor, o Garden fica em silêncio.

LJ é levado para o hospital para fazer uma ressonância magnética enquanto os fiéis torcedores têm que lidar com a possibilidade da perda de mais um importante jogador nos playoffs.

No intervalo a notícia era que Johnson havia torcido um ligamento do joelho, mas não se sabia a gravidade da lesão. Apesar disso, o Knicks conseguiu se manter na frente e no intervalo liderava por 41 a 35.

Indiana começa melhor o segundo tempo, abrindo cinco pontos de vantagem, mas liderados por Allan Houston, o Knicks vira o placar e vai para o último quarto empatado, 59 a 59.

O último quarto começa equilibrado, mas na segunda metade o Knicks começa a abrir vantagem, a pouco menos de quatro minutos do fim, Houston faz uma infiltração, sofre a falta e converte o arremesso para o delírio da torcida no MSG. Após converter o arremesso, a vantagem do Knicks é de seis pontos.

Jalen Rose converte de três para diminuir a diferença, mas na posse seguinte Allan Houston converte um longo arremesso de dois pontos para colocar o Knicks cinco pontos na frente.

Depois de a diferença cair para dois pontos, Childs tenta um arremesso e não converte, mas Camby aparece “voando” entre os jogadores de Indiana para com um tapinha converter a cesta. Na posse seguinte Dudley cava uma falta de ataque em Smits.

Após o Knicks perder a posse, Indiana não converte o arremesso e mais uma vez Camby “voa” para o rebote, Smits comete sua sexta falta e é eliminado do jogo.

A 1:22 do fim, Camby converte os lances livres e o Knicks lidera, 82 a 76.

Larry Bird pede tempo e no ataque a bola vai para Reggie Miller, bem do mesmo lugar onde matou o Knicks no jogo 1 em 95 e no jogo 4 no ano anterior, 98, mas desta vez ele não converte e após a briga pelo rebote a bola é do Knicks.

Childs perde a posse e Indiana tem mais uma chance para diminuir a diferença a pouco mais de um minuto para o fim, Jalen Rose não converte, Dale Davis e Camby lutam pela posse, Chris Dudley, encarnando Charles Oakley, se joga na quadra, consegue a posse de bola, passa para Houston que entrega para Sprewell.

Ele cruza a quadra no Garden em um lindo contra-ataque com a torcida aos gritos de alegria e ninguém do Indiana consegue pará-lo ao caminho da cesta, uma jogada que sempre que eu revejo me emociona demais. Assista abaixo a partir de 2:15.



Essa jogada para mim selou a ida do Knicks para a grande Final, no final do jogo o Garden estava em uma grande celebração, um dos momentos mais emocionantes que eu vivi como torcedor do Knicks.



Houston abraçando Van Gundy, a esposa de Jeff chorando, Sprewell correndo por toda a quadra e os jogadores celebrando o título da Conferência Leste. Jogadores e torcedores dedicando a vitória a Larry Johnson fazendo o sinal com os braços.




Allan Houston teve uma performance memorável e sem dúvida garantiu seu posto junto às lendas da franquia com 32 pontos, 12-17 arremessos convertidos (11 dos últimos 12), Sprewell teve 20 pontos e Marcus Camby teve 15 pontos e nove rebotes.

Smits teve 20 pontos e oito rebotes, Rose terminou com 14 pontos, Jackson teve 14 pontos, quatro rebotes e quatro assistências.

Reggie Miller, sempre lembrado por grandes partidas no Madison Square Garden, desta vez teve uma de duas piores atuações em playoffs com apenas oito pontos, 3-18 arremessos convertidos.

Pela primeira e única vez (pelo menos até a temporada 2012-13) um oitavo colocado chega às Finais de NBA.


Uma das histórias mais incríveis chega ao seu ápice, após mudanças no elenco que não agradaram torcedores e mídia, a remoção do GM do time do seu cargo, treinador na corda bamba, lesões...

Confesso que naquela noite após a partida, quando fui dormir, sem ninguém ver eu chorei de tão emocionado. Fiquei muito feliz com aquela vitória, até hoje, não posso assistir essa partida com alguém do meu lado porque acho que não entenderiam o que ela significou, principalmente com algumas coisas de acontecendo com a minha família naquela época.


Sem Ewing, Knicks não Consegue conter as “Torres Gêmeas” de San Antonio


E chegou a grande Final da NBA. Contra todas as adversidades o Knicks chegou lá e, assim como foi em 1994, a jornada inicia no Texas, mas desta vez em San Antonio.

Após começar a temporada com seis vitórias e oito derrotas, o Spurs embalou e liderados por Tim Duncan em sua segunda temporada e o veterano David Robinson, na época apelidados de “torres gêmeas” (lembrem-se, isso foi dois anos antes de 11 de setembro), o Spurs terminou com a melhor campanha da NBA com 37 vitórias e 13 derrotas.

Após eliminar Minnesota de Kevin Garnett e Stephon Marbury por três jogos a um, o Spurs varreu o Los Angeles Lakers nas Semifinais e o Portland Trail Blazers nas Finais de Conferência (momento mais marcante da série foi a cesta de Sean Elliot no Memorial Day), 10 vitórias seguidas nos playoffs.

Com Patrick Ewing lesionado e sem Charles Oakley que não estava mais no time, coube a Larry Johnson (que não estava 100% por causa da lesão do jogo 6 contra Indiana), Marcus Camby, Kurt Thomas e Chris Dudley a difícil tarefa de conter Duncan e Robinson.

Não foi nada fácil, a defesa do Spurs foi demais para o Knicks que perdeu as duas primeiras partidas em San Antonio com uma média de 72 pontos por jogo. Allan Houston teve 19 pontos em ambas as partidas, enquanto Sprewell teve 19 na primeira partida e 26 na segunda.

Larry Johnson, ainda se recuperando da lesão no joelho, teve apenas cinco pontos em cada partida, enquanto Camby teve 10 na primeira e seis na segunda.

Pelo Spurs, Tim Duncan teve 33 pontos e 16 rebotes no jogo 1 e 25 pontos e 15 rebotes na segunda partida. Robinson teve 13 pontos, nove rebotes e sete assistências na primeira partida e na segunda teve 16 pontos e 11 rebotes.

A série vai para nova York e apesar de estar perdendo por dois a zero e dificilmente um time virar uma série Final de NBA nessa situação, a torcida acredita, a empolgação no Garden é demais.

Lembro muito bem do vídeo no telão do Garden com o Joe McEnroe pegando o taxi para ir ao jogo do Knicks e a trilha sonora empolgante para apresentação dos jogadores:



E para a surpresa de muitos, Van Gundy fez outra mudança no time, colocou Camby de titular no lugar de Chris Dudley, o que agradou aos presentes no Garden.

O apoio da torcida empolga os jogadores do time que após dois jogos marcando sem conseguir atingir a marca de 80 pontos, marca 32 pontos no primeiro período.

No segundo quarto a produção do ataque cai, mas no intervalo o Knicks ainda lidera por três pontos.

Apesar de converter apenas QUATRO de 23 arremessos de quadra no terceiro quarto, o Knicks mantém a diferença de três pontos.

No quarto final o Spurs bem que tentou, mas o Knicks conseguiu conter a equipe texana e conseguiu a vitória, 89 a 81, evitando uma varrida.

Allan Houston teve 34 pontos, acertando 10-24 arremessos, 2-4 de três pontos. Latrell Sprewell teve 24 pontos, cinco rebotes e cinco assistências. Larry Johnson terminou a noite com 16 pontos e cinco rebotes.

Pelo Spurs Robinson terminou com 25 pontos e 10 rebotes e Duncan teve 20 pontos e 12 rebotes.



Rumo ao quarto jogo, existia uma crença na torcida que o Knicks poderia empatar a série depois da empolgante vitória no quarto jogo.

Porém, após o primeiro quarto, o Spurs tomou o controle da partida e conteve o Knicks que não conseguiu passar a frente no placar mesmo com 26 pontos de Sprewell e 20 de Houston (ambos não marcaram nos últimos quatro minutos de partida). Camby terminou com 20 pontos e 13 rebotes.

Duncan, pra variar, foi o destaque com 28 pontos e 18 rebotes. O armador Mario Ellie, nativo de Nova York teve 18 pontos. David Robinson teve 14 pontos e 17 rebotes. Avery Johnson e Sean Elliot tiveram 14 pontos cada.

A situação do Knicks ficava mais difícil, perdendo por três jogos a um, parecia que uma vitória do Spurs seria inevitável, orém a torcida seguia com o otimismo, usando o slogan “I Still Believe” (Eu ainda acredito), antes da partida começar o Garden exibiu um vídeo com a lenda Dave DeBusschere (Não encontrei com melhor qualidade).



Sprewell teve uma incrível partida, foram 35 pontos, 13-27 arremessos convertidos e 10 rebotes em 45 minutos, mas infelizmente não foi o suficiente para evitar a derrota.



Após uma partida equilibrada do começo ao fim, o Knicks liderava por um onto no minuto final, mas o armador Avery Johnson converteu o arremesso que deu a liderança ao Spurs. Sprewell teve a chance da vitória, mas seu arremesso não caiu e o Spurs se sagrou campeão pela primeira vez da NBA, pela primeira vez desde 1953 um time era campeão da NBA em Nova York.

Chega ao fim uma história incrível de um time que desafiou a lógica e superou todas as expectativas. Infelizmente nas Finais o time não estava 100% e não foi possível conseguir o sonhado terceiro título, anos depois a busca continua.



Daquele ano de 1999 ficam várias lembranças, de muito drama com derrotas difíceis de engolir, muita especulação, possibilidade de eliminação dos playoffs e de repente tudo mudar com uma incrível jornada que marcou a história da NBA.


Latrell Sprewell foi o vilão na temporada anterior se redimiu em Nova York, se tornou um dos jogadores favoritos da torcida e até hoje quem viu se lembra da garra e determinação em quadra. Suas enterradas com muita raiva ficaram marcadas para sempre no Madison Square Garden.


Marcus Camby teve a árdua tarefa de substituir um dos jogadores mais populares nos anos 90 em Nova York, o “guarda costas” de Ewing. Torcedores, mídia e nem Jeff Van Gundy tinham fé no jogador que teve que provar a todos que ele merecia sim um lugar no time.


Allan Houston mostrou o sangue frio em momentos decisivos e com o arremesso da vitória em Miami seu nome ficou eternamente gravada na memória dos torcedores.


Larry Johnson, depois de ter que adaptar o seu jogo finalmente se encontrou nos playoffs com grandes arremessos e entrando pra história com a jogada de quatro pontos contra Indiana e sua marca registrada após cada arremesso convertido, os braços formando um “L”.


Ewing mesmo fora de forma por causa das reuniões antes do começo da temporada, mais velho, errando arremessos no final de partidas mostrou que ainda podia ser uma peça indispensável ao time.

Jeff Van Gundy quase ficou desempregado após a temporada, mas se tornou ídolo em Nova York e, apesar de ter se tornado um comentarista às vezes irritante nos jogos da ESPN, até hoje é muito querido pela torcida do Knicks.

Essa sim é uma história que vale a pena escrever um livro a respeito!



Bônus: A Última Chance de Ewing e Tempos Difíceis a Frente

O Knicks teve uma temporada 1999-2000 bem menos dramática que a anterior, com training camp apropriado e pré-temporada, o time que manteve a mesma base do título de Conferência, teve 50 vitórias e 32 derrotas, terceiro lugar no Leste.

Depois do sucesso nos playoffs de 1999 torcedores e membros da mídia começaram a questionar se o time era melhor sem Patrick Ewing. Com 37 anos de idade, o pivô jogou em 62 partidas da temporada regular, com médias de 15,0 pontos (mais baixa da carreira) e 9,7 rebotes (menor marca desde a temporada 88-89).

Depois de varrer o Toronto Raptors, o Knicks enfrentava o Miami Heat pelo quarto ano seguido, seguindo a tradição, com muito jogo físico, alguns arremessos inesperados (Algum torcedor do Heat sabe quem é Anthony Carter?) e novamente a série foi para o jogo decisivo em Miami, desta vez na nova AmericanAirlines Arena.

Ewing teve uma performance que relembrou os velhos tempos com 20 pontos e 10 rebotes, incluindo uma enterrada que colocou o Knicks na frente a 1:20 para o fim e garantiu a vitória do Knicks em Miami pelo terceiro ano seguido para o desgosto de Pat Riley (Quem mandou se demitir por fax?).

Novamente o adversário nas Finais de Conferência era o Indiana Pacers, mas desta vez o time de Larry Bird corrigiu os erros do ano anterior e eliminou o Knicks em seis jogos para avançar para a final onde perderia para o Los Angeles Lakers de Phil Jackson, Shaquille O’Neal e o jovem Kobe Bryant em seis jogos.

Ewing teve 18 pontos e 12 rebotes naquela que seria a sua última partida como um Knick, foi uma triste noite de sexta, ainda não se sabia qual seria o futuro de Ewing, mas muitos davam como certo sua saída do Knicks, eu não queria acreditar.

Até que em no dia 20 de setembro de 2000 aconteceu:

O Knicks recebe Luc Longley, Glen Rice, Travis Knight, Vernon Maxwell, Vladimir Stepania, Lazaro Borrell, uma escolha da primeira rodada do draft de 2001 (Jamaal Tinsley), duas escolhas da segunda rodada do draft de 2001 (Michael Wright e Eric Chenowith) e uma escolha da primeira rodada do draft de 2002 (Kareem Rush) em troca por Patrick Ewing, Chris Dudley e uma escolha da primeira rodade do draft de 2001 (Jason Collins).

Um dos dias mais tristes para mim. Uma das principais razões que me fizeram torcer para o Knicks e acompanhar a NBA foi Patrick Ewing, aquela enterrada no Alonzo Mourning no jogo 1 de 97, a raça que ele jogava, eu sempre apoiei o “big fella”, mesmo quando ele já havia passado de sua melhor fase, mesmo quando errava os arremessos no fim da partida.

Tudo isso não importava mais porque o número 33 se foi e depois desse dia nada mais seria o mesmo.

Acreditava-se que Houston, Sprewell e Camby dariam conta do recado, mas as coisas não foram fáceis na primeira temporada sem Ewing e com vários problemas dentro e fora das quadras, o Knicks era eliminado pelo Toronto Raptors na primeira rodada, pela a primeira vez em uma década o Knicks não avançava para a segunda rodada dos playoffs.

Na temporada seguinte o time não consegue se classificar para os playoffs pela primeira vez desde 1987.

O resto da história a maioria sabe, muitas promessas que não deram certo, problemas fora da quadra, treinadores indo e saindo...

Uma das piores eras da franquia que finalmente chegou ao fim com a vinda de um tal de Amar’e Stoudemire em 2011 e em seguida um tal de Carmelo Anthony em 2012.

O post ficou grande, mas não tinha como não ficar ao se lembrar de uma época tão especial para mim. Espero que tenham curtido, peço desculpas se tive erros ortografia ou de concordância.

Logo vem mais novidades no blog e quando a temporada do Knicks começar no dia 30 de outubro estamos juntos para mais uma jornada.

5 comentários:

  1. Belíssimo post!!! Vivi essa época intensamente mas alguns detalhes a gente acaba esquecendo e vc contribuiu para um resgate delicioso de memórias!

    Parabéns!!!

    Felipe Lopes.

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    1. Valeu Felipe, como eu escrevi no texto foi uma época inesquecível para nós, foi exatamente o meu objetivo desses posts, resgatar um pouco a lembrança daqueles tempos que nem sempre foram fáceis, mas tinham muitas boas memórias.

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  2. Não vai voltar pro Twitter não Tubs ?

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